A Anvisa interditou, no dia 24 de setembro, um milhão de litros de agrotóxicos adulterados na fábrica da Bayer, em Belford Roxo (RJ), com irregularidades graves, como a importação do ingrediente ativo do agrotóxico Procloraz e a produção do agrotóxico comercial Sportak 450EC, sem controle obrigatório de impurezas. A ausência deste controle, segundo a Anvisa, pode provocar câncer nos trabalhadores expostos ao agrotóxico e mesmo na população que vier a comer alimentos contaminados por ele.
A Bayer já havia tido o registro do agrotóxico Evidence (utilizado nas culturas de cana de açúcar e fumo) cancelado no início deste ano porque a Anvisa descobriu que a fórmula tinha sido alterada.
O interessante nisso tudo é que comumente as empresas de agrotóxicos, via suas entidades , costumam denunciar a venda de agrotóxicos falsificados no Brasil, pedindo providências urgentes e enérgicas das autoridades.
A Bayer costuma praticar, como outras empresas que utilizam o marketing verde para o processo de limpeza de imagem, o discurso da sustentabilidade, proclama os seus embaixadores ambientais e tenta parecer correta em suas ações.
A máscara caiu e é preciso divulgar este fato o mais amplamente possível. Não há imagem que resista a estas graves denúncias. A gente só espera que, se o crime ambiental, ao consumidor for confirmado, que haja uma punição exemplar. Mas isso já é uma outra história e nesse país a maioria dos abusos acaba em pizza. Mas pizza com agrotóxico é mesmo duro de engolir.
Quem quiser ler a notícia completa, o link é: http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2009/280909.htm
Wilson Bueno
Esta frase diz tudo: "Não há imagem que resista a estas graves denúncias". Isto é verdade professor, mas infelizmente, parece que as empresas apostam na nossa memória curta e depois de um certo tempo, qualquer escândelo perde sua força e as empresas voltam a seguir sua rotina livremente. Em casos como esse da Bayer é preciso a ação firme da justiça, caso contrário, funcionários estarão expostos ao câncer diariamente. Infelizmente.
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